Um arranco, a dor na pele, o calor que antes era tao calmante se torna abrasador e hostil. O ar entra nos pulmoes chiando, num tranco atordoante ate que ela convulsiona e se senta, no escuro. Seu suor escorre e seus cabelos estão empastados junto ao pescoço. seu corpo treme.
Sonhos, apenas isso, apenas sonhos de morte, nada que já nao tenha acontecido, nada que nao possa acontecer novamente. Não se detem o tempo, nao se para a morte
Perto dela não há ninguem, o perigo das chamas despertarem ou da terra rugir é grande, entao quase sempre ela esta só, distante. Melhor assim, eles não veem o que a perturba e a faz dormir tao pouco, eles nao percebem.
Ela ve Don mais adiante, os turnos ja devem ter trocado, mas quanto falta ate o amanhecer é um misterio. Nem céu e nem terra são os mesmos. Nada parece ser mais o mesmo. Seus sentidos podem confundi-la, assim como suas memorias podem ser tao nitidamente dolorosas quanto ao mundo como ele era
Mas não há mais as macieiras no Delfos, nem os incensos aos deuses. As armaduras perderam parte de sua essencia e o mundo perdeu parte de sua força de vida.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Percepções
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D.
às
12:45
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