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sexta-feira, 25 de março de 2011

A noite

Syrene se move silenciosamente, o escuro não lhe incomoda, a terra mostra o lugar de tudo pra ela, e as tenues tochas lançam sombras esparsas.

As criaturas se movem la fora, distantes, não haveria ameaças essa noite, mas ela nao pode predizer o futuro mais, entao ela prefere nao trabalhar com suposições.

Só viver, sobreviver, lutar, verbos sempre no infinitivo, uma tentativa de perpetuar a vontade de cada alma que é salva ou de cada alma que se perdeu. Tudo reduzido a vontade e desejos, praticamente mais nenhuma civilidade. cada um tentando se agarrar a razão com o que puder e como puder e nao se perder no turbilhao de insanidade que os cerca.

Parece seculos, mas foram apenas anos, anos em que tudo conhecido ruiu e nada mais é certeza. talvez nao seja apenas ela que nao possa prever futuro, talvez nao haja um futuro construido ainda para ser vislumbrado.

Antes da entrada ela cessa seus passos e observa, cabe a eles construir o que virá.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Percepções

Um arranco, a dor na pele, o calor que antes era tao calmante se torna abrasador e hostil. O ar entra nos pulmoes chiando, num tranco atordoante ate que ela convulsiona e se senta, no escuro. Seu suor escorre e seus cabelos estão empastados junto ao pescoço. seu corpo treme.

Sonhos, apenas isso, apenas sonhos de morte, nada que já nao tenha acontecido, nada que nao possa acontecer novamente. Não se detem o tempo, nao se para a morte


Perto dela não há ninguem, o perigo das chamas despertarem ou da terra rugir é grande, entao quase sempre ela esta só, distante. Melhor assim, eles não veem o que a perturba e a faz dormir tao pouco, eles nao percebem.

Ela ve Don mais adiante, os turnos ja devem ter trocado, mas quanto falta ate o amanhecer é um misterio. Nem céu e nem terra são os mesmos. Nada parece ser mais o mesmo. Seus sentidos podem confundi-la, assim como suas memorias podem ser tao nitidamente dolorosas quanto ao mundo como ele era

Mas não há mais as macieiras no Delfos, nem os incensos aos deuses. As armaduras perderam parte de sua essencia e o mundo perdeu parte de sua força de vida.

A Percepção

Em meus sonhos o céu parece queimar permanentemente, cinzas que flutuando quase com gentileza ao meu redor. Mas há aqueles que queimam e há aqueles que simplesmente desaparecem.

Syrene se mexe inquieta, não é o desconforto do chão, nem o ar pesado da noite. Não são os ruidos constantes do lado de fora. É aquilo que ela se recorda...

No inicio houve a guerra, foi o que me disseram, eu me lembro daqueles momentos, muitas vezes com peso em meu coração, pois não foi como deveria, não fui eu mesma por muito tempo. O caos, a dor, a devastação, tudo isso me era tão familiar que não percebi as proporções do horror ate que as divindades cairam. Foi como um eclipse para o mundo.

Syrene escuta o deslizar do lapis no papel, a luz fraca não chega a desvendar nem mesmo toda a imagem que esta na mesa a escrever e seus olhos se fecham por alguns minutos, as imagens desaparecendo e sendo substituidas por memorias cálidas.